COMBATE AO COVID-19

Como todos sabem, infelizmente estamos passando por uma situação de distanciamento social, e, conforme orientações do governo, as aulas estão suspensas. O Atendimento Educacional Especializado (AEE) é um serviço da educação especial que requer um olhar atento e minucioso aos estudantes. Suas atividades são planejadas de forma personalizada e pensadas de forma individualizada para cada estudante. Sendo assim, as atividades realizadas no AEE são planejadas semanalmente, considerando as avaliações continuadas dos estudantes, ou seja, são planejadas de acordo com a evolução do estudante e a exploração das suas potencialidades. Desta forma, é muito difícil realizar atividades à distância para esta modalidade.
Por outro lado, nós, educadores especiais, nos preocupamos em contribuir de alguma forma com o desenvolvimento dos estudantes neste período de confinamento e então planejamos compartilhar com a comunidade escolar, algumas dicas de atividades que podem ser realizadas em casa, em conjunto com as famílias. Desejamos muita saúde a todos e que tomem os devidos cuidados neste período, protegendo nossa maior preciosidade, a saúde!

segunda-feira, 28 de março de 2016

2ª Semana Municipal de Conscientização sobre o Autismo



EMEI Luizinho de Grandi - Confecção de material para acessibilidade

Estamos confeccionando materiais para orientação e mobilidade do aluno com deficiência visual na educação infantil. Será colado próximo das portas da escola estas flores com diferentes texturas, para que o aluno possa se locomover tateando a parede e sabendo cada ambiente em que está chegando. Como ele também tem deficiência física, com dificuldade ao caminhar, ainda não utilizamos bengala.

Escola Augusto Ruschi - Iniciando a produção de Jogos

Esta semana iniciamos a produção de jogos, seguindo nosso projeto. Utilizamos como tema as estações do ano, pois nosso planejamento para esta quinzena tem tem o objetivo de trabalhar as noções temporais. Depois de retomarmos os meses do ano com a utilização de um vídeo, cada aluno produziu seu jogo, um quebra-cabeças/sequência lógica sobre as estações do ano. Após a produção, os alunos irão levar seu jogo para sala de aula e mostrar aos colegas, que poderão utilizar também o jogo em sala com a professora. Iremos registrar e mostra aqui!


segunda-feira, 21 de março de 2016

Avaliação

Ao iniciar o ano letivo, após a entrevista com os pais, iniciamos o período de avaliação dos alunos. Aqueles que já eram atendidos no AEE, como no caso dos meus alunos do Augusto Ruschi, passam por uma breve avaliação a fim de verificar a sua aprendizagem e possíveis alterações no Plano de AEE.

Já os alunos novos, como no caso das escolas do município, Altina Teixeira e Luizinho de Grandi, é preciso uma avaliação mais detalhada e minuciosa, a fim de diagnosticar a situação de aprendizagem e posteriormente elaborar o Plano de AEE dos alunos.

Utilizo materiais lúdicos e algumas testagens, como as Provas de Piaget.






quinta-feira, 10 de março de 2016

Projeto de AEE - EMEI Luizinho de Grandi - 2016

PROJETO/ PLANO DE AÇÃO
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – E.M.E.I. LUIZINHO DE GRANDI - 2016

Bárbara Gai Zanini Panta (Educadora Especial)

Tema: Deficiência Visual e Educação Infantil: A importância da estimulação essencial e acessibilidade na escola.

OBJETIVOS GERAIS

·         Oferecer o Atendimento Educacional Especializado a serviço da Educação Especial na escola de modo a complementar e/ou suplementar a formação do estudante conforme a Política de Educação Especial, na Perspectiva Inclusiva SEESP/MEC; 01/2008;

·         Realizar diagnóstico pedagógico assim como manter uma avaliação contínua de todo o processo de desenvolvimento do estudante.

·         Utilizar atividades lúdicas como alternativa metodológica no desenvolvimento de habilidades primárias;


OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         Valorizar as características pessoais positivas  e potencialidades do estudante;
·         Trabalhar a autoestima do estudante, com vista a um reflexo na sua aprendizagem;
·         Eliminar barreiras físicas que impeçam o livre acesso do estudante a todos os ambientes da escola;
·         Auxiliar no processo de acessibilidade através da produção de materiais para a localização e locomoção;
·         Utilizar brincadeiras e jogos adaptados às suas necessidades buscando o  desenvolvimento global do estudante;
·         Buscar o envolvimento da família do estudante com o atendimento e com a escola;
·         Realizar um trabalho multidisciplinar envolvendo a professora de sala de aula, monitora, e outros profissionais que auxiliam no processo de desenvolvimento do estudante.

JUSTIFICATIVA

            O projeto elaborado para o Atendimento Educacional Especializado para este ano na Escola Luizinho de Grandi foi pensado a partir da inclusão de um menino com deficiência visual que frequenta uma turma de pré-escola. O estudante já passou por um processo de adaptação à escola e agora necessita de um olhar voltado ao seu desenvolvimento enquanto indivíduo e também para a sua aprendizagem.
            De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), a educação especial como modalidade de ensino tem o papel de disponibilizar os serviços e recursos próprios deste atendimento. Partindo deste princípio, pensamos a elaboração deste tema de acordo com os objetivos da modalidade de Educação Especial e do Atendimento Educacional Especializado.

O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos estudantes, considerando as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos estudantes com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. (SEESP/MEC, 2008)

Para se integrar na escola e comunidade, a criança com deficiência visual, como qualquer outra pessoa, precisa interagir, através de pessoas e objetos, desempenhando atividades básicas de rotina, locais e externas, fundamentais para a inserção no meio social, com autonomia.
Esse processo de interação se inicia nos primeiros anos de vida da criança, assim como os conceitos básicos que são construídos, esquema corporal, lateralidade, orientação espacial e temporal são imprescindíveis para a construção da autoestima da criança, e a falta da mesma acarretará uma dificuldade no ajustamento á situação escolar.
Principalmente as crianças com cegueira congênita, não conservam imagens visuais para o uso na aprendizagem, e então é preciso uma reorganização perceptiva, onde os outros sentidos são acionados para tentar suprir as dificuldades acarretadas pela falta de visão. Em todos esses graus de deficiência visual deve-se levar em conta o papel da estimulação essencial.
Segundo Barraga (1976), sem levar em conta a cegueira congênita, a capacidade de visão não é inata, depende de habilidades desenvolvidas em cada estágio do desenvolvimento, com a estimulação da visão residual. No caso dos portadores de cegueira congênita, os sentidos como o tato  e a audição devem ser estimulados, ignorando qualquer potencial de visão.
Tendo em conta o sentido que a visão fornece, por volta de 80% da informação, se conclui a importância da estimulação dos outros sentidos no deficiente visual.  Os órgãos dos sentidos revelam-se cruciais para o conhecimento do meio que nos envolve e a falha na estimulação da criança interfere no processo do desenvolvimento global.
A dificuldade na mobilidade pode representar uma restrição causada pela falta de visão, por isso é de extrema importância que exista um acompanhamento adequado, que permita à pessoa com deficiência visual superar as suas dificuldades e exercer futuramente a sua autonomia, integridade física, assim como desempenho na aprendizagem e nas tarefas do seu próprio cotidiano.
Utilizando atividades lúdicas em grupo, que serão adaptadas e pensadas junto à professora de sala de aula regular, buscaremos o desenvolvimento da linguagem oral, corporal e expressiva assim como o avanço nas relações sócio afetivas, de cooperação e solidariedade e a constituição do sujeito como cidadão autônomo, inserido em seu contexto sociocultural.
A utilização dos jogos possibilitará incentivar a criatividade, imaginação e reflexão do estudante possibilitando a autodescoberta, autoestima e percepção de si e do outro. Com as atividades na sala de aula regular junto aos colegas, será estimulado o desenvolvimento das relações interpessoais, através do diálogo, do convívio, da escuta, da troca de experiências, da ajuda mútua e solidariedade.
Objetivos específicos e traçados individualmente serão desenvolvidos através das atividades diárias, tendo em vista a reorganização do esquema corporal, aprimoramento da coordenação motora, orientação espaço-temporal, equilíbrio e lateralidade.  
Considerando as particularidades do estudante, serão realizadas atividades que estimulem a autogestão da vida prática, visando à autonomia, noções de alimentação, higiene, vestuário, entre outras necessidades pessoais e o estímulo da comunicação a fim de desenvolver a linguagem oral, compreensiva e expressiva.


REFERENCIAL

      Nas atividades com jogo, é possível desenvolver uma melhor comunicação, respeito pelo outro e a melhor aceitação de restrições ou regras coletivas, além de autonomia pessoal. Segundo Almeida (2008), a concepção sobre o desenvolvimento do indivíduo foi se modificando ao longo da história, o mesmo está inserido em um meio onde recebe as informações, assimila e as transforma.
Portanto, o seu desenvolvimento cognitivo resulta da sua interação com o meio social em que vive, estruturando esquemas e reconstruindo conceitos dos objetos sob os quais interage. O jogo entra, então, como uma maneira de construção social, pois está ligado ao contexto social em que o estudante vive, e, assim, os jogos revelam a cultura de uma sociedade.
Vygotsky (1998) afirma que o jogo é um fator muito importante do desenvolvimento e mostra o significado da mudança que ocorre no desenvolvimento do próprio jogo, com a predominância de situações imaginárias, para a predominância de regras. 
Enfrentando os desafios do jogo, o estudante utiliza recursos cognitivos parecidos com os que são exigidos para a solução de problemas da sua vida diária e de situações de aprendizagem em sala de aula.
Estas atividades lúdicas envolveram aspectos motores, psicomotores, cognitivos e afetivos, além do desenvolvimento da percepção visual, tátil, discriminação de cores e formas, noção espaço-temporal, lateralidade, dentre outros aspectos do desenvolvimento global.
Segundo Winnicott (1975), é utilizando a criatividade que acontece realmente a percepção, que se assimila o conhecimento. O jogo possibilita que o estudante utilize a sua capacidade de criar, de experimentar diferentes processos de pensamento, proporcionando esse processo de experimentação.
A deficiência visual torna impossível o reconhecimento do mundo através de imagens visuais. Por isso, A criança cega é muito dependente do tato, ficando difícil projetar imagens mentais além das coisas que estão ao seu alcance. Além disso, a falta da visão impõe uma maior dificuldade na percepção do próprio corpo, que se mistura com as roupas, cobertas e móveis. O bebê cego não conta com a visão para fazer a distinção fundamental entre seu eu anatômico e todos os objetos do ambiente ao seu redor.
A primeira fase do desenvolvimento tátil é a consciência das qualidades táteis dos objetos. O sentido do tato começa com a atenção prestada a texturas, temperaturas, superfícies vibráteis e diferentes consistências. Pelo movimento das mãos, as crianças cegas se dão conta das texturas, da presença de materiais, e das inconsistências das substâncias. Também, através do movimento das mãos, as crianças cegas podem apreender os contornos, tamanhos e pesos.
Fraiberg (1977) destaca a importância do ambiente familiar e da atitude dos pais no desenvolvimento das potencialidades do deficiente visual. Quanto mais os pais aprenderem sobre a criança, mais a poderão ajudar. Como acontece com todos os pais, a mãe e o pai de uma criança cega querem que tudo o que acontece ao seu filho desenvolva a autoconfiança e a independência. Querem que ele coma, ande, se vista, brinque com outras crianças, vá à escola e tenha uma vida social como todas as outras. Isso se torna muito difícil quando os pais não entendem que a superproteção impedirá esta evolução da criança.
Para Fraiberg (1977), é fundamental a criação de espaços suficientemente motivadores que inspirem confiança e desenvolvam o gosto pela atividade motora. Com capacidade de se locomover, de se comunicar, e de realizar todas as atividades que qualquer pessoa necessita, o deficiente visual conquistará sua cidadania e sua inclusão total na sociedade. E, consequentemente, poderá desenvolver todas as suas potencialidades cognitivas que, muitas vezes, se torna perdida pelo simples fato de não ter sido corretamente estimulada e incentivada.

Com o intuito de realizar uma avaliação e acompanhamento contínuo do processo de aprendizagem dos estudantes, utilizaremos como mais um recurso tecnológico a publicação periódica das atividades no Blog do AEE (http://aeebarbara.blogspot.com.br/)



CRONOGRAMA


Ações a serem realizadas
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Construção do Projeto/Plano de Ação
X









Reuniões com a equipe diretiva e familiares
X









Aplicabilidade e publicação: Blog
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Plano de AEE individual do estudante
X



Ajuste




Avaliação



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. MEC/SEESP, 2010

BRUNO, M.G.B. O desenvolvimento integral do portador de deficiência visual. Da integração precoce a integração escolar. São Paulo-S.P. Newswork, 1993.

COLL, Cesar; PALACIOS, Jesus e MARCHESI, Alvaro. Desenvolvimento psicológico e educação - Transtornos de desenvolvimento e necessidades educativas especiais. 2ª edição, Porto Alegre: Ed. Artmed, 2004.


PIAGET, J. A Formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho, imagem e representação. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

_____. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

_____. Pensamento e linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.

WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago. 1975.




Projeto de AEE Escola Municipal Altina Teixeira - 2016

PROJETO/ PLANO DE AÇÃO
ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO – E.M.E.F. ALTINA TEIXEIRA - 2016

Professora Bárbara Gai Zanini Panta (Educadora Especial)

Tema: Relação Escola/Família: Desenvolvendo a autonomia no ambiente escolar.

OBJETIVOS GERAIS

·         Oferecer o Atendimento Educacional Especializado a serviço da Educação Especial na escola de modo a complementar e/ou suplementar a formação do estudante conforme a Política de Educação Especial, na Perspectiva Inclusiva SEESP/MEC; 01/2008;

·         Realizar diagnóstico pedagógico assim como manter uma avaliação contínua de todo o processo de desenvolvimento do estudante.

·         Realizar atividades com os estudantes que estimulem a autodescoberta, autonomia, autoestima e percepção de si e do outro;

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

·         Valorizar as características pessoais positivas do estudante;
·         Trabalhar a autoestima do estudante, com vista a um reflexo na sua aprendizagem;
·         Trabalhar as potencialidades do estudante;
·         Buscar o envolvimento da família do estudante com o atendimento e com a escola;
·         Estimular os estudantes a adquirirem autonomia dentro da escola, seja nas atividades curriculares e também em atividades básicas, como alimentação, higiene e locomoção;
·         Realizar um trabalho multidisciplinar, buscando o diálogo e trabalho em equipe com os professores de sala de aula comum e equipe gestora da escola.


JUSTIFICATIVA

            Com a identificação e avaliação inicial dos estudantes que frequentam o Atendimento Educacional Especializado na Escola Altina Teixeira e suas famílias, surgiu a necessidade de elaborar um projeto baseado nestas relações a fim de identificar problemas e buscar soluções para a melhor forma de adaptação entre a escola e os estudantes.
            De acordo com a Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008), a educação especial como modalidade de ensino tem o papel de disponibilizar os serviços e recursos próprios deste atendimento. Partindo deste princípio, pensa-se a elaboração deste tema de acordo com os objetivos da modalidade de Educação Especial e do Atendimento Educacional Especializado.

O atendimento educacional especializado identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela. (SEESP/MEC, 2008)

Além das atividades planejadas para cada estudante especificamente, será trabalhada a relação entre educação e cultura, formação de valores e atitudes, assim como a questão ambiental e de sustentabilidade e a atenção ao sentido emocional e afetivo das relações entre estudantes, professores e outros profissionais da instituição.
 Será valorizado o desenvolvimento da linguagem oral, corporal e expressiva assim como o avanço nas relações sócio afetivas, de cooperação e solidariedade e a constituição do sujeito como cidadão autônomo, inserido em seu contexto sociocultural.
Objetivos específicos e traçados individualmente serão desenvolvidos através das atividades diárias, tendo em vista a reorganização do esquema corporal, aprimoramento da coordenação motora, orientação espaço-temporal, equilíbrio e lateralidade.  
Sempre considerando as particularidades de cada estudante atendido, buscaremos atividades que estimulem a autogestão da vida prática, visando à autonomia, noções de alimentação, higiene, vestuário, entre outras necessidades pessoais e o estímulo da comunicação utilizando métodos orais, gestuais e de comunicação alternativa a fim de desenvolver a linguagem oral, compreensiva e expressiva.
A utilização de materiais pedagógicos e dos jogos possibilitará incentivar a criatividade, imaginação e reflexão do estudante estimulando a autodescoberta, autoestima e percepção de si e do outro.

REFERENCIAL

            Atualmente no AEE da escola Altina Teixeira, são atendidos estudantes com Deficiência Intelectual e Autismo. Conforme Ciola (2009), Aprender é um processo ativo onde o estudante tem responsabilidade no processo e o papel do professor não é mais de detentor do saber, e sim um mediador do conhecimento. O professor trabalha com estratégias de aprendizagem que auxiliam o estudante a assumir certa autonomia sobre o aprendizado.

O papel do professor passa a ser mais difícil e complexo, já que ele assume duas funções: o de mediador do conhecimento e também o de mediador das estratégias de aprendizagem “aprender a aprender” e assim deve tornar o processo de aprendizagem transparente ao aluno. O aluno deve querer participar desse processo, não há aprendizagem sem a sua cooperação. Essas mudanças podem ser trabalhosas e o professor deve dispensar algum tempo sobre elas, mas as consequências serão gratificantes. (CIOLA, 2009, p. 5)

      O trabalho no AEE neste ano, além de estimular a autonomia dos estudantes em relação à aprendizagem, buscará no diálogo com a família, auxílio neste processo. Foi observada certa resistência por parte da família dos estudantes atendidos, em estimularem a autonomia de seus filhos até mesmo nas atividades básicas do dia a dia. Entretanto, percebe-se que estes estudantes são capazes de realizar as atividades que muitas vezes são feitas para eles, o que dificulta o processo de desenvolvimento.
      Uma das principais funções do AEE é justamente promover a autonomia do estudante na escola para que a inclusão seja satisfatória. Esta autonomia não está só na adaptação arquitetônica para a deficiência física, ou recursos para deficientes visuais ou auditivos. A autonomia para o deficiente intelectual ou para o autista acontece no dia a dia, nas atividades básicas que o estudante pode realizar em casa ou na escola.
      As atividades realizadas em Sala de Recursos terão sempre carácter lúdico, utilizando jogos para desenvolver as potencialidades individuais dos estudantes. Após a elaboração do Plano de AEE, serão selecionados os jogos e atividades lúdicas que serão utilizados a cada semana, voltados para o alcance de alguns dos objetivos estabelecidos.
Segundo Almeida (2008), a concepção sobre o desenvolvimento do indivíduo foi se modificando ao longo da história, o mesmo está inserido em um meio onde recebe as informações, assimila e as transforma. Portanto, o seu desenvolvimento cognitivo resulta da sua interação com o meio social em que vive, estruturando esquemas e reconstruindo conceitos dos objetos sob os quais interage. O jogo entra, então, como uma maneira de construção social, pois está ligado ao contexto social em que o estudante vive, e, assim, os jogos revelam a cultura de uma sociedade.
Vygotsky (1998) afirma que o jogo é um fator muito importante do desenvolvimento e mostra o significado da mudança que ocorre no desenvolvimento do próprio jogo, com a predominância de situações imaginárias, para a predominância de regras. 
Enfrentando os desafios do jogo, o estudante utiliza recursos cognitivos parecidos com os que são exigidos para a solução de problemas da sua vida diária e de situações de aprendizagem em sala de aula.
Estas atividades lúdicas envolveram aspectos motores, psicomotores, cognitivos e afetivos, além do desenvolvimento da percepção visual, tátil, discriminação de cores e formas, noção espaço-temporal, lateralidade, dentre outros aspectos do desenvolvimento global.
Segundo Winnicott (1975), é utilizando a criatividade que acontece realmente a percepção, que se assimila o conhecimento. O jogo possibilita que o estudante utilize a sua capacidade de criar, de experimentar diferentes processos de pensamento, proporcionando esse processo de experimentação.
Com o intuito de realizar uma avaliação e acompanhamento contínuo do processo de aprendizagem dos estudantes, utilizaremos como mais um recurso tecnológico: as Narrativas Digitais.
Segundo Azeredo e Reategui (2013), as histórias contribuem para a construção da aprendizagem do sujeito uma vez que auxiliam no desenvolvimento da imaginação, criatividade, do pensamento e da compreensão.
As Narrativas Digitais entram como uma ferramenta utilizada pelos estudantes e pelo educador, para relatar em forma de uma história como ocorreu o processo de construção do conhecimento, utilizando a construção dos jogos e outras atividades desenvolvidas no AEE em Sala de Recursos ou em outros espaços da escola.
Para a elaboração destas narrativas, consideraremos as particularidades e potencialidades de todos os estudantes e serão utilizados vários tipos de recursos multimídia, tais como: Narrativas escritas, ilustrações, vídeos e/ou áudios. Posteriormente, as narrativas serão publicadas no Blog do AEE (http://aeebarbara.blogspot.com.br/) para o livre acesso de toda a comunidade escolar.














CRONOGRAMA


Ações a serem realizadas
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Construção do Projeto/Plano de Ação
X









Levantamento da demanda de estudantes
X









Distribuição de Horários
X









Reuniões com a equipe diretiva e familiares
X









Aplicabilidade e publicação: Narrativas Digitais e Blog
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X
Plano de AEE individual do estudante
X



Ajuste




Avaliação



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AZEREDO, D. C. REATEGUI, E. A Construção de Narrativas Digitais como Apoio ao Processo de Letramento. Novas Tecnologias na Educação. CINTED – UFRGS. V.11, nº 1, 2013

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar. MEC/SEESP, 2010

CIOLA, Ana Carla Lanzi ; Autonomia E Estratégias De Aprendizado. In: II Congresso Brasileiro de Línguas na Formação Tecnológica. Americana: FATEC, 2009. v. 2.
PIAGET, J. A Formação do símbolo na criança: imitação jogo e sonho, imagem e representação. 2. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1975.

_____. Psicologia e pedagogia. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1976.

VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1996.

_____. Pensamento e linguagem. Rio de Janeiro: Martins Fontes, 1998.

WINNICOTT, D. W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago. 1975.